
A vacina contra meningite meningocócica, que deve ser aplicada em crianças a partir de dois meses, não é disponibilizada gratuitamente para a população. Por ter preço elevado, ela só é aplicada gratuitamente em casos de epidemias e surtos.
"Esse medicamento não está disponível nas unidades básicas de saúde por ser muito caro. Os governos Federal, Estadual e Municipal alegam não haver verba disponível para adquirir este tipo de medicação em número suficiente para vacinar toda a população", diz Geraldo Wallau, infectologista e técnico responsável pelo monitoramento das meningites em Santos.
A vacina tem um preço elevado, variando de R$ 135 a R$ 165 (dependendo da clínica). Conforme a idade, é necessário mais de uma dose. "Crianças de até um ano precisam de três doses. Já adolescentes e adultos, somente uma", explica Lindyane Freitas, biomédica do Hospital Universitário de Dourados, em Mato Grosso do Sul.
Muitos pais se assustam ao saber que o Governo não banca os custos de prevenção da doença. "Quando a pediatra me disse que a vacina teria que ser paga, achei um absurdo. Além de não ter hospitais decentes, ainda temos que pagar vacinas que são necessárias? Além disso, o preço é muito alto", reclama comerciante santista Débora Cristina Pinto, que recentemente teve de vacinar o filho.
A meningite é uma inflamação nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, as meninges. Os sintomas mais comuns são dores de cabeça, febre, náuseas e rigidez na nuca.
A forma mais grave dessa doença é a meningite meningocócica, de origem bacteriana. O risco de seqüelas é grande, indo de dificuldades no aprendizado até a paralisia cerebral.
De acordo com dados da Seção de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Santos (Seviep), 15 casos de meningite já foram registrados esse ano na Cidade. Três eram da forma meningocócica. No ano passado, 14 casos de meningite bacteriana foram registrados no ano todo.
Segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), casos esporádicos ocorrem durante o ano inteiro, mas são comuns em meses frios. A aglomeração dentro de locais fechados favorece a transmissão.
Lavar as mãos freqüentemente e usar produtos de limpeza a base de álcool são hábitos que podem ajudar a interromper a disseminação de bactérias.



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